Como estará a economia circular em 2050?

A conversa no Webinar “Visão 2050: Economia Circular” girou em torno desse tema: como estará a economia circular em 2050? E hoje, em que parte do caminho estamos? 

O evento, organizado pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável) promoveu o debate abordando diferentes percepções sobre o assunto. Léa Gejer, sócio-fundadora da Flock, participou deste debate junto com Rodrigo Santiago, da Michelin; Mike Oliveira, da Fundação Ellen MacArthur; Richard Lee, da Cervejaria Ambev; Fabiana Quiroga, da Braskem; com moderação do Ricardo Pereira, do CEBDS.

Quatro perguntas nortearam a conversa, partindo de reflexões sobre o processo de transição para a economia circular e sobre as transformações que ainda precisam acontecer em relação ao modo como produzimos hoje. A discussão se guiou pela busca de uma proposta para acelerar e implementar de fato a economia circular no Brasil. 

Ficou claro também que a forma que nós humanos temos explorado a natureza para alimentar o sistema linear predominante está praticamente colapsada e tem gerado problemas graves como o aquecimento global, aumento dos riscos de inundações, além de possibilidades de emergir outras epidemias como a do Covid-19, que vivemos atualmente. 

Passo a passo para a transição

Entender as causas da pandemia, inclusive, é essencial para refletirmos que a mesma é resultado das nossas atividades e do nosso comportamento com relação à natureza. A forma de trabalhar a natureza de maneira distinta da nossa sociedade – natureza versus seres humanos já não pode mais existir. 

É preciso entender que somos parte da natureza e que nossas ações podem gerar impactos e consequências muito sérias.

Diante disso, como podemos recriar o nosso sistema de forma regenerativa? A ferramenta mais poderosa da economia circular é o redesenho de processos, produtos e sistemas. Dessa forma, entendemos o redesenho como uma prática de intenção, conhecendo o ciclo inteiro de vida daquele produto ou material. 

Além disso, é preciso alinhar e comunicar os conceitos e critérios para os diversos atores da sociedade para que caminhem na mesma direção na transição para a economia circular.

Mudando o paradigma

Por ser uma mudança profunda e multi-setorial, a transição para a economia circular depende do desenvolvimento de políticas públicas de incentivo para negócios e cidades circulares, além de depender também de uma mudança de paradigmas. 

É hora de olhar para a natureza não como artefato de exploração, mas sim como inspiração essencial para a nossa criatividade. 

Afinal, a natureza é resiliente, regenerativa e abundante – e nós também podemos ser, para co-criarmos cidades mais circulares, saudáveis e igualitárias.

Assista ao debate na íntegra clicando aqui